quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mostra 2010 - Dia 03/11

Na Floresta

A sinopse dizia: “Dois garotos e uma garota fazem uma jornada pagã na qual a natureza guia as sensações e emoções. Eles precisam lidar com o medo, a liberdade, a pansexualidade e o sentimento constante de que algo os observa de cima.”


Até agora não consigo entender o que me fez colocar este filme na minha programação. Pensando bem, acho que foi a palavra “pansexualidade”, que me despertou curiosidade. O que diabos quer dizer essa palavra?


Segundo o Wikiipedia: “A pansexualidade é caracterizada por atração estética potencial,
amor romântico e desejo sexual por qualquer um, incluindo aquelas pessoas que não se encaixam na binária de gênero macho/fêmea implicado pela atração bissexual.” Mas por que alguém "precisaria" lidar com a pansexualidade?


O filme, na verdade, trata-se de uma sequência de cenas amadoras (que dão ao espectador a impressão de estar participando dos acontecimentos), envolvendo a relação entre os três amigos e a natureza.


Eles vão experimentando diversas sensações, como enfiar a cara na terra, lamber a ferida um do outro, descer sentados vagarosamente uma montanha de areia, comer flores etc. Coisa de quem não tem mais o que fazer e quer dar um novo sentido à sua vida.


O filme não tem praticamente diálogos e é tão chato e monótono que até o legendador dormiu (tem vários trechos em que os personagens falam uma palavra ou outra e simplesmente esqueceram legendar).


Pra piorar, ainda contém duas cenas constrangedoras de contato sexual homossexual explícito, e toda essa baboseira termina num clímax em que os três fazem um “ménage a trois” com imagens entrecortadas, momento em que menos de dez pessoas sobraram na sala pra assistir.

Homens e Deuses ***

Depois da primeira tentativa frustrada de assistir ao candidato da França ao Oscar 2011, finalmente chegou a cópia do filme e eu consegui assisti-lo.

Retrata a história real de sete monges cristãos franceses que vivem num monastério na Argélia em 1996, em harmonia com a comunidade muçulmana local, que recorre a eles inclusive para receber atendimento médico.


Até que se inicia uma onda de violência na região, causada por fundamentalistas islâmicos. Após vários assassinatos envolvendo jovens e professoras, os religiosos passam a ser pressionados a deixar o país.


A maior parte do filme acompanha as discussões dos monges sobre os prós e contras de abandonar a comunidade. Eles vêem-se diante de um conflito entre garantir sua segurança física ou permanecer prestando apoio àqueles que dependem deles.


Cada um dos monges é retratado detalhadamente, sendo expostos seus medos, suas dúvidas e suas crenças. Além disso, o filme retrata de forma bela seus rituais diários, incluindo os cânticos entoados em grupo.

Nenhum comentário: