domingo, 27 de maio de 2007

Terapia do Amor (2005)



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Prime. EUA, 2005
Direção:
Ben Younger

Fazia tempo que um filme não mexia tanto comigo como esse. A última vez que chorei assim de soluçar acho que foi assistindo “Ghost” ou “A Cor Púrpura”. Não que o filme tenha algo de mais, mas porque retrata situações que mexeram muito com minhas memórias, com as quais me identifiquei demais. Chama-se “Terapia do Amor” (“Prime”), com Meryl Streep e Uma Thurman. Quando passou no cinema não dei muita bola, até porque não ponho muita fé nos filmes da Uma Thurman, que fora os filmes do Tarantino, não consigo lembrar de nada muito significativo que ela já tenha feito. Mas tinha curiosidade para assistir. O filme é um retrato de uma fase da minha vida. As coincidências são tantas que eu penso que se um dia eu virar diretor de cinema e resolver fazer um filme auto-biográfico sobre esse período, dificilmente vou conseguir retratá-la com tamanha delicadeza e bom humor como este filme faz.

Falando sobre o filme propriamente dito, a história começa com a protagonista Rafi (Uma Thurman), afogando as mágoas com sua terapeuta Liza (a sempre ótima Meryl Streep) logo após um divórcio. Algumas seqüências depois, de volta ao divã, Rafi conta a Liza que está namorando um cara de 23 anos, 14 anos mais novo que ela. Com o desenrolar do filme a paixão do casal vai aumentando, na mesma medida que a angústia da mãe, que descobre que o tal namorado de sua paciente é, na verdade, seu próprio filho, e omite o fato da paciente para controlar ainda mais o filho e tentar dissuadi-lo de continuar o romance. A partir daí o filme torna-se interessante, à medida que cai a máscara da terapeuta com discurso liberal e surge a mãe extremamente conservadora. É aí que o filme consegue os momentos mais cômicos. Parei pra ver um filme sessão da tarde, e acabei tendo uma aula sobre relações humanas.

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