Símbolo -
O filme é japonês e ocorrem duas ações em paralelo, a primeira, falada em espanhol, em uma cidade do México, uma família que vive numa espécie de favela empoeirada vai assistir a uma luta, daquelas em que os lutadores usam fantasias e máscaras coloridas. Concomitantemente, um japonês com trejeitos de Zacarias, vestido com pijama de bolinhas, acorda num imenso quarto branco. Essa parte é tem poucas falas (em japonês). Na verdade tem mais grunhidos e é a mais longa, absurda, totalmente besteirol. Da parede surgem centenas anjinhos brancos, como se fossem estátuas, peladinhos, dando risadinhas.
Depois da aparição eles retornam pra dentro da parede branca e apenas os órgãos genitais deles ficam à mostra. A tosqueira não pára por aí. O Zacarias descobre que ao apertar o pintinho de cada anjinho, um objeto sai de dentro da parede. Saem vasos, cadeiras, sushis, e tudo que se pode imaginar, até que ele vai percebe que através deles pode estar a chave para sair daquela prisão. Difícil achar algum mérito nessa porcaria.
O segundo filme que assisti foi um pouquinho melhor, mas custei a ficar acordado. Bem diferente do filme nacional de mesmo nome, com o Selton Melo e a Luana Piovani, esse aqui é francês e protagonizado pela filha do Gerard Depardieu (Julie Depardieu) e com participação meio boba da maravilhosa Charlotte Rampling.
A personagem principal tem um problema misterioso, quando ela fica nervosa, fica invisível, e as pessoas a tratam como irresponsável devido a esses desaparecimentos repentinos. Ela não consegue controlar os momentos de desaparecimento e resolve pedir ajuda a uma equipe médica especializada nesses tipos de "distúrbios". Achei o filme um pouco arrastado, mas tem alguns momentos interessantes e não deixa de ser uma metáfora inusitada para a sensação de se sentir rejeitado pelo mundo, se sentir sem importância para as pessoas que o rodeiam. Algumas cenas são engraçadas, mas no geral achei que a platéia se empolgou demais, rindo em cenas que não vi a menor graça.
Mamma Gogo **
Gostei do filme e das atuações, mas não consigo deixar de compará-lo com o sublime "Longe Dela", dirigido pela atriz Sarah Polley, que trata do Alzheimer de uma forma bem mais poética e coerente.
Abel ***
A família alimenta a fantasia do menino porque o médico assim recomenda, pois contrariá-lo poderia ser prejudicial ao seu tratamento. Até que o pai ausente volta pra casa e abala a relação confortável que se havia estabelecido.
O filme fez grande sucesso no México, tornando-se a maior bilheteria da história do país. Só no primeiro fim de semana arrecadou o equivalente a R$ 422 mil, superando em muito o recordista anterior (Shakespeare Apaixonado), de 1998, que arrecadara R$ 282 mil). Dinâmico, divertido, equilibrando sabiamente momentos cômicos com momentos dramáticos, cheio de personagens carismáticos, com destaque para o protagonista, que esbanja simpatia e arranca gargalhadas da platéia em vários momentos. Muito bom!
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